Muitos esquerdistas e direitistas estão comemorando a queda do embargo econômico em Cuba. A diferença é que com poucas exceções os direitistas que acham que isso é uma boa novidade são aqueles que acreditam que se a economia vai bem então tudo vai bem enquanto os esquerdistas que entendem de verdade de política estão comemorando.
Antes de expressar a minha opinião eu esperei para ver a reação das pessoas e dos grupos de influência que estão envolvidos nesta aproximação para só depois tentar entender o que realmente está acontecendo, para quem acompanha o atual cenário político mundial e principalmente da América do Sul vai ficar claro o por que eu não vejo esta aproximação com bons olhos.
A primeira coisa a se observar é o discurso de Raul Castro sobre a reconciliação histórica onde acusa o embargo de causar graves danos humanos e econômicos ao país e não dando a entender em nenhum momento que é um tempo de mudança política como é de se esperar quando se caminha para uma mudança de sistema, muito pelo contrário reafirmou que existem profundas diferenças no campo políticos, de soberania nacional e de direitos humanos e que os dois países devem aprender a conviver com essas diferenças, ou seja, os EUA deve aprender a conviver com a ditadura cubana.
Já Obama mais uma vez fez um acordo com liberação de criminosos e lembrando da relação que mantêm com a China, fez uma defesa para que o Estados Unidos não mais corte relações com países comunistas esquecendo todos os confiscos que Cuba realizou contra americanos e a crueldade com que este trata o povo cubano. Obama terminou dizendo que todos somos americanos e é por isso mesmo que o presidente do país mais poderoso da América deveria fazer o máximo para defender o povo cubano.
Este, o povo cubano, que a anos tenta fugir da ilha dos Castros e os que conseguem formaram uma das mais influente e poderosas comunidades no EUA e essa comunidade que é uma das maiores forças opositoras ao governo dos Castros é contra a está aproximação justamente por que ele se limita apenas a fornecer mais uma possibilidade de fonte de renda para os ditadores.
Por ultimo o apoio dos governos esquerdistas da América do Sul que possuem laços estreitos com a ditadura. É claro que muitos desses precisavam declarar apoio a está relação graças a suas relações diplomáticas com o Estados Unidos, mas foi um apoio sem ressalvas sem nenhum tipo de comentário de que Cuba deve manter a sua cultura ou autonomia, nenhum tipo de comentário que colocasse essa aproximação como um risco para ilha.
Sendo assim, por hora, eu só posso ver esse acontecimento como uma aproximação dos Estados Unidos com a ditadura caribenha e não um caminho de abertura política. Isso é muito providencial para Cuba num momento onde a Rússia, Venezuela e Brasil passam cada um em suas proporções por crises econômicas ela ganha uma nova fonte de renda que serão os dólares que os cubanos, muito merecidamente, enviarão para as suas famílias e mais uma vez a esquerda fabiana conseguirá manter os seus amigos mais radicais no poder.
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